23 de outubro de 2012

Sobre o Fórum de Educação Infantil com a temática: Diretrizes Curriculares Nacionais e Práticas sustentáveis


No dia 02 de Outubro, como de costume, aconteceu mais um Fórum Permanente de Educação Infantil em conjunto com o Fórum FINAflor de nosso grupo, no Sinpro Rio. Dessa vez, discutimos as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e as práticas sustentáveis que ocorrem em nosso cotidiano.
Além da Lea, que falou um pouco sobre as diretrizes, também estiveram presentes: Cristina que contou sobre as experiências com feira de trocas entre crianças em Resende, e Marinês, que nos contou sobre experiências nas creches comunitárias.
O grupo GITAKA também esteve presente no Fórum, inclusive apresentando uma proposta de prática sustentável que são as feiras de trocas.
As feiras de trocas têm como objetivo principal romper com o consumismo tão comum em nossa sociedade capitalista. Essa procura desenfreada pelo novo e a descartabilidade do velho têm consequências danosas para nosso planeta. Á feira é uma prática sustentável que está em coerência com 2 dos 3 R’s: Redução de consumo e Reutilização. Além disso, também estão em coerência com a Economia Solidária que prega autogestão, uma administração participativa e democrática. “Uma forma viável e revolucionária de se construir outra sociedade deve partir de dentro do mercado, opondo-se à produção capitalista.” (Lia Tiriba e Maria Clara Bueno Fischer, 2012)
As feiras de troca são espaços de aprendizagem e de novas relações sociais, pessoais ou comunitárias. Um espaço acolhedor e solidário, onde as pessoas podem trocar entre si: produtos, serviços, saberes, lazer e cultura.
Trocando nossos pertences, nós nos desapegamos de bens materiais, reduzimos o consumo, reduzimos a criação de mais lixo, damos novos usos e reutilizamos coisas em bom estado, além de trocar objetos que podem nos ser necessários, sem o intermédio do capital.
As feiras não devem ocorrer de maneira isolada. Deve ser divulgada a proposta de formação de uma rede, pois é uma proposta que requer periodicidade e um espaço público e democrático, onde todos possam participar, só assim, podemos gerar mais conscientização acerca do consumo, e nos fazer menos individualistas e consumistas.
Para entender um pouco sobre o funcionamento da feira: Todos levam pertences que desejam trocar. Esses pertences podem ser desde produtos como alimentos, plantas, roupas, cds, brinquedos, até serviços e saberes, como serviço de pedreiro, manicure, dentista, ou aula de dança, violão etc.
As pessoas presentes circulam, conhecem materiais e pessoas e então iniciam as trocas, trocando também afetos, olhares, ideias, entre outros. É importante ressaltar que a troca independe do valor comercial.
Nem sempre na prática, tudo acontece de maneira simples. Ainda somos apegados a um valor comercial, às vezes uma troca pode não parecer justa, mas isso também será resolvido com o dialogo. Quando as trocas envolvem crianças, a mediação de um adulto pode ser bem vinda.
É importante ressaltar também que no inicio das trocas, deve existir algum debate ou exposição desses objetivos da feira, para que não se torne um ambiente onde as pessoas adquirem novos objetos sem gastar dinheiro. Estas são as subjetividades de que necessitamos em uma nova sociedade afetiva, democrática, solidaria e sustentável!


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